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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Tesouro (Parte 02)


Halak Qwan trava batalha com o homem, agora reconhecido como Transgressor, que roubara a pedra de Dillian. O combate é interrompido com a ação de Estelar e Caveira. Transgressor leva a pedra do navio, e ambos os vilões conseguem escapar.



A movimentação era intensa no Porto de Santos, em Nova Capital. Um navio havia desembarcado um container misterioso e alguns homens armados haviam chegado para buscar a mercadoria existente dentro do mesmo. Mas eles haviam sido interrompidos por um homem que surgia invocando criaturas para mata-los e capturar a mercadoria. Essas criaturas haveriam conseguido isso se não tivessem sido detidas por dois seres, bem diferentes: Lobo, um mutante parecido com um lobisomem; e Halak Qwan, um vilão alienígena. 

Lobo estava caído no chão, se recuperando do golpe que havia sofrido. Os homens haviam se dividido, dois estavam fugindo e o outro se escondia atrás de um container, buscando uma oportunidade melhor para agir. E Qwan avançava para cima do homem com a pedra, abordando-o com várias perguntas e muita violência. 

– Quem é você? Por que está com essa pedra? Ela, assim como a outra que você tenta colocar as mãos, é minha! 
– Gritava Qwan, enquanto saltava na direção do homem. 

– Halak Qwan, eu suponho! 
– Ele dizia, sorrindo de forma macabra. – A esmeralda me falou de você, assim como do outro alienígena que me deu ela, o Dillian Fa. Vocês tiveram as chances com as pedras, mas não a aproveitaram. Vocês nem sequer as escutaram! Elas falam comigo e me pedem para ser seu novo portador! A própria esmeralda me deu um nome e eu me chamo Transgressor. 

Outro portal era aberto – agora no céu – e libertava várias criaturas voadoras, que mais se pareciam com homens-morcegos demoníacos. Essas criaturas, que estavam realmente em grande número, se dividiam em dois grupos grandes. Uma parte deles avançavam na direção de Qwan, visando atrasá-lo, enquanto a outra parte criava uma redoma protetora para o Transgressor, enquanto ele arrombava o container.

Halak Qwan e Transgressor iniciavam um embate no meio daquela noite agitada do Porto de Santos, as criaturas invocadas pelo jovem portador da pedra avançavam contra o alienígena, que as destruía rapidamente, com sua espada de energia. Enquanto as criaturas invocadas tentavam eliminar o alienígena, Transgressor tentava quebrar os cadeados que protegiam o container. 

Eu preciso de uma mão aqui, agora. Dizia ele, levantando a mão, enquanto um novo portal era aberto, porém muito menor. Pequenas criaturas, semelhantes a besouros voadores, avançavam contra os portões, devorando o container, transformando o metal em ferrugem, rapidamente.
Enquanto isso um enorme blindado atravessava as ruas da cidade, saindo do bairro Industrial e indo até o Porto da Cidade. Mas antes que o herói da noite chegasse ao local, outro super chegava rapidamente e já avançava contra Qwan. Era Estelar, que havia tido um aviso dentro de sua cabeça e agora se protegia em um campo telecinético, enquanto avançava na direção de Qwan. Quando Qwan já havia matado criaturas o suficiente para abri espaço até o Transgressor, Estelar se colocou entre os dois. 

– Quem você pensa que é para me atrapalhar, moleque? Aquelas pedras são minhas e ninguém vai me impedir de pegá-las.
 – Disse, avançando contra Estelar e vendo sua espada de energia se chocar com o campo telecinético, uma, duas, três, quatro vezes.

Se os ataques de Qwan continuassem nessa intensidade, o campo telecinético poderia não resistir mais, portando – ainda sem dizer nada – Estelar usou seus poderes telepáticos para desestabilizar o alienígena. Halak deu alguns passos para trás, segurando a cabeça e logo em seguida sendo arremessado contra os containers.

Nesse instante o “Caveirão” atravessou as ruas do porto, atropelando outra grande leva de criaturas, enquanto Caveira surgia de dentro dele, atirando em outras delas, destruindo-as uma a uma. Quando abriu espaço o suficiente, Caveira saltou e correu na direção do container que Transgressor acabava de arrombar com suas novas criaturas. Ele então socou a cabeça do rapaz, que se distraía com o brilho intenso do citrino. O jovem se abalou, perdendo o equilíbrio, mas não pode se recuperar, pois logo recebeu um chute e mais uma série de golpes do herói mascarado. Em poucos segundos, ele estava ajoelhado no chão, vomitando sangue. 

Os dois vilões daquela noite se encontravam derrotados, mas Transgressor não iria desistir de seu sonho, ele precisava obter todos os objetos de poder que existiam em Nova Capital, incluindo todas as pedras. Agarrando a pedra com força, ele invocou outro portal, embaixo de Caveira, fazendo o herói cair dentro dele e reaparecer em outro portal, caindo em cima do campo de força do Estelar, fazendo-o perder a concentração em Qwan. 

– Caveira? Que porra é essa? 
– Exclamava Estelar, sem entender o que estava acontecendo. 

Enquanto isso Transgressor agarrava a pedra amarela, criando um novo portal, desaparecendo no ar. Halak Qwan, por sua vez, também se aproveitava da brecha para desaparecer, fugindo dos heróis. A viatura se aproximava do local, portando, Caveira e Lobo fugiram dali – um por ser membro do bando e o outro por sua má fama. 

Estelar ficou para conversar com os policiais, dando a eles uma explicação para o ocorrido e ainda informando a descrição dos criminosos. Enquanto isso os três homens armados abandonavam aquele local, pensando em como iriam se explicar para o seu chefe, depois dessa falha enorme. 

– Então quer dizer que um homem com uma pedra brilhante e um alienígena se atacaram aqui? 
– Indagava um dos policiais.

– A culpa de todos os problemas de Nova Capital é de vocês, os “heróis”. – Era possível sentir o sarcasmo na voz do segundo policial.  Isso tem que mudar. Precisamos nos mover, vamos embora, eu já sei o que fazer.
Os dois iam embora, usando a sua viatura, enquanto Estelar absorvia a ofensa vinda dos policiais. As coisas estavam cada vez mais complicadas em NC. Estelar poderia modificar a mente dos policiais, deixando-os confiantes e gratos pelo seu trabalho, mas isso não era a coisa que um herói deveria fazer e por isso ele não fez. Partiu também, tentando fazer uma ronda entorno do porto, para ver se encontrava algum dos vilões. 



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